Sinopse: “Ele, a princípio, lhe admitira uma certa beleza quase com relutância. No baile, olhara para ela sem admiração, e, na vez seguinte, olhou-a apenas para criticá-la. Porém, ainda mal ele se certificara da quase inexistência de um traço bonito naquele rosto quando começou a achá-la especialmente inteligente pela bonita expressão de seus olhos pretos… Apesar de considerar os modos de Elizabeth muito aquém dos do mundo elegante, cativaram-no pela sua graciosidade simples. Ela não dava conta de nada disso. Para ela, ele não passava de um homem antipático, que não a achara suficientemente atraente para dançar.”
Literatura Estrangeira, romance / Jane Austen / Ciranda Cultural
Partes Favoritas:
Eu adorei a personalidade forte da protagonista! Principalmente em se tratando da época retratada nestas páginas.
“O orgulho diz respeito mais à opinião que temos de nós próprios, enquanto a vaidade, ao que queremos que os outros pensem de nós.”
Comentários:
Elizabeth, uma jovem de pulso firme e de opiniões próprias, é a segunda mais velha dentre suas irmãs, todas solteiras, cuja mãe está louca para casá-las! Entre uma rede de acontecimentos, Elizabeth conhece o senhor Darcy e o tenente Wickham, ambos despertam nela algo diferente. Conforme o tempo vai passando, a jovem viaja para a casa de parentes e começa a perceber que o julgamento que fez desses dois senhores pode estar completamente errôneo. Com algumas informações ela terá que tomar decisões a fim de mudar totalmente o curso deste romance, tendo que deixar o orgulho e o preconceito de lado para seguir seu coração.
Eu sempre adiei a leitura de clássicos. Em um dado momento peguei alguns para ler e me aborreci com a riqueza de detalhes que poderiam ter sido minimizados, em minha opinião. Este foi o motivo de eu ter demorado para ler o tão famoso “Orgulho e Preconceito”. Me surpreendi neste enredo, alguns momentos são rodeados de floreios e não tão objetivos, mas não deixa de ser divertido e trazer vários traços da cultura da época em que foi escrita; principalmente em se tratando de como a mulher deveria se portar diante da sociedade. Não traz detalhes a ponto de ficar cansativo, mas não é uma leitura tão fácil como os romances atuais, mesmo que sua história seja simples! A narrativa, em terceira pessoa, só me deixou um pouco confusa com o tanto de nomes e sobrenomes distintos logo no início.
Elizabeth é uma moça que se mostra preocupadíssima com os sentimentos de suas irmãs e também com o que a sociedade pensaria de tudo. A história é como se fosse a reunião de breves relatos de determinadas situações que vão acontecendo na vida da família Bennet, principalmente com relação à casamentos! Contudo, eu esperava um grande plot twist, por ser um romance clássico seus pontos de clímax são marcados de maneira diferente se comparado aos livros publicados atualmente.
Mensagem:
Pensar que em uma determinada situação existe mais de uma versão do mesmo acontecimento, dentre as quais está o verdadeiro relato do que aconteceu! O orgulho e o preconceito sempre intimidam e se mostram antes que se possa enxergar a realidade por trás de tudo. Acredito que em vários posicionamentos, análises e interpretações o título do livro foi bastante pertinente para todo o seu conteúdo!
Algo muito importante, que esta leitura me mostrou, é que o amor não tem pressa; talvez seja uma das mensagens mais bonitas que já percebi. Se o amor tiver que acontecer, ele dará um jeito por si só de se revelar entre duas pessoas!