
Sinopse: “Há dois anos, Louise le Blanc precisou fugir de seu clã e se escondeu na cidade de Cesarina, deixando para trás toda a magia e vivendo de tudo que pudesse roubar. No entanto, a cidade é cheia de perigos e mistérios para alguém como ela. Na região, caçadores da Igreja caminham pela cidade, venerados como verdadeiros homens santos. E o arcebispo, o rigoroso patriarca da Igreja, parece ser violento. Lá, bruxas como Lou são temidas, caçadas… e, então, queimadas. Reid Diggory vive sua vida com base em um versículo: não permitirás que uma bruxa viva. Fanático caçador de bruxas para a igreja, Reid dedicou toda sua vida erradicando o ocultismo e fazendo com que o arcebispo da cidade, seu pai, ficasse orgulhoso de suas ações. Mas quando chega o momento e a oportunidade de capturar uma bruxa, um ladrão o engana e seu alvo consegue escapar. Com a intenção de levá-la a julgamento, Reid acredita que ela não escapará novamente. Mas quando Lou dá um golpe perverso e o engana outra vez, em um escândalo público, os dois são forçados a uma situação inimaginável: o casamento. O casamento com um caçador poderia proporcionar uma proteção verdadeira às bruxas – se Lou conseguisse convencê-lo de que não é uma. No entanto, à medida que o tempo passa, seu segredo se torna cada vez mais difícil de ser mantido escondido. Apesar do perigo que Reid representa à sua sobrevivência, complexos sentimentos de Lou por Reid começam, lentamente, a nascer. Incapaz de mudar o que realmente é, Lou precisará fazer uma escolha.“

Partes Favoritas:
Claro que o sobrenatural mundo bruxo me ganhou aqui. Mas, também, o casal formado conquistou o meu coração ao longo da leitura.
“Há coisas que não podem ser mudadas com palavras. Algumas coisas têm que ser vistas. Têm que ser sentidas.”
Comentários:
A história retrata uma época a qual as mulheres são jogadas na fogueira quando denominadas bruxas. Sendo um enredo fantástico, aqui as bruxas realmente existem e, quando praticam alguma magia, deixam um cheiro no ar. Há homens que buscam e matam as bruxas, caçadores, vivem a religião e são devotos a Deus. Em uma situação ímpar um caçador, Reid, acaba encontrando Louise, uma bruxa, sem saber quem ela de fato é. Os dois se unem a contragosto e a narrativa se deslancha a partir de então.
Os protagonistas são obrigados a ficar juntos (aquela história de só ter uma cama no quarto, sabe?) e percebem que uma eminente revolução bruxa se aproxima. Somos lançados de cabeça no meio do enredo, com tudo já acontecendo e vários nomes de personagens se jogando das páginas. Senti que a autora teve um pouco de dificuldade em estruturar o começo. Mas, após, tudo fica gostoso de ler, mesmo que, em vários momentos, eu não tenha percebido grandes acontecimentos.
A personagem é bem introspectiva. A narrativa é em primeira pessoa e se mescla entre Lou e Raid. A senti um tanto atrapalhada em situações as quais teria de ser muito forte com uma estratégia montada. Comecei a leitura confusa e perdida, demorei para entender o que estava acontecendo e quem era quem; quase desisti por ter detalhes demais, não pareciam tão importantes. Tudo aparenta dar certo meio que por acidente, por não mostrar muito como o pensamento é arquitetado, toda a situação a ser enfrentada, parece pura sorte.

Mensagem:
Lou, a protagonista, acaba se internalizando para não ficar revivendo suas dores do passado; me remetendo a quanto acabamos nos ocultando e não deixando os outros ajudarem com as dores internas. Aos poucos, a jovem vai percebendo que pode contar com várias pessoas, não irá incomodar ninguém se dividir o que lhe machuca.
“Nossas vidas refletem nossos corações.”
