Sinopse: “Depois de finalmente decidir qual será o rumo de sua nova vida, Amie Bell se depara com novas leis e hábitos a serem vividos no Clã do Pacto. As dores, as perdas, os questionamentos ainda fazem parte da vida da jovem bruxa, mas um novo elemento foi acrescentado a essa lista: a dor de ter perdido uma das pessoas que mais amava em sua vida. Depois que a decisão foi tomada, Amie entenderá que será preciso de muito mais que vontade. Ela precisará ser uma grande guerreira para ter que levar adiante seu plano de vingança.
Uma longa aventura começará. O Clã do Pacto precisará desvendar o enigma perdido que os levará até a Verdadeira Trindade.
Os Reinos de Olivarum estarão mais perto da destruição do que você imagina.”
Partes Favoritas:
No livro antecessor eu amei a presença de vários seres místicos e sobrenaturais em um mesmo enredo, e me mantive gostando nesta leitura. Mas eu também gostei muito de conhecer todo o perímetro por onde vivem cada um dos seres apresentados, no decorrer da narrativa, perceber suas peculiaridades, o ideal deles em Olivarum e a política local.
“Uma alma que guarda rancor jamais será livre de verdade. Sempre se manterá presa pelas coisas do passado que a afligem.”
Comentários:
Um enredo repleto de aventura e uma dose a mais de ação se comparado ao seu livro antecessor, “A Princesa de Ônix”. Nesta sequência, da duologia, conhecemos cada um dos reinos e suas peculiaridades – cada reino pertence a um ser sobrenatural – presentes em Olivarum. Já que o Clã do Pacto tem a missão de achar itens escondidos nos reinos para tentar, a todo custo, trazer uma mudança para o governo, uma mudança onde qualquer um pode ser e fazer o que quiser; pode ser quem realmente é, sem as amarras que a política e a sociedade local impõe para os seus habitantes. Apontando que espécies diferentes podem se unir e tornar-se uma família.
O interessante desta série é a abordagem com vários seres, nela estão presentes: anjos, fadas, vampiros, bruxos, feiticeiros, sereias e licantropos. Ao invés de serem inimigos estão unidos e lutando juntos por um bem maior. Jovens mostrando que aquele mundo não está perdido que sempre terão pessoas para lutar e serem fortes. É uma fantasia bem criativa com uma pequena dose de romance. Nesta narrativa, em terceira pessoa, muitos motivos e causas vão se revelando, nos permitindo conhecer mais afundo o que a trama, seus personagens e este universo tem a nos revelar.
Os vários seres e novos personagens presentes na narrativa não tornam a história confusa, pois é forte e pontual a personalidade de cada um. Amie, a bruxa do reino de Ônix, que descobriu a existência do Clã do Pacto no livro antecessor, agora consegue perceber do que é capaz, principalmente com a ajuda de outros seres do Clã; percebe que pode ser forte e dar tudo de si. Um livro que faz uso de todo o seu espaço, cada um dos reinos e seus habitantes, tendo suas pontas estendidas em toda a planície de Olivarum.
“(…), na verdade, quando admitíamos que éramos fracos, mostrávamos que éramos fortes o suficiente para deixar que os outros vissem nossas fraquezas.”
Mensagem:
Uma das mensagens em maior destaque, na minha opinião, é o significado do termo “igualdade”. Não importa quem ou o que você é, todos tem o direito de sair com quem quiser e fazer o que tem vontade, sem deixar a sociedade sobrepujar e ditar tais coisas. Cada um toma as próprias decisões na vida. Não existe o certo ou o errado, como a sociedade impõe, existe o que desejamos ou não fazer e ser.
“Apenas deixamos que vocês aprendessem com seus próprios erros.”
– Extra –
Jadna Alana / Editora Coerência / Literatura Brasileira, fantasia, ficção