Sinopse: “Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.”
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: eBook / Físico
Partes Favoritas:
Acredito que gostei do momento em que percebi traços do famoso conto de A Pequena Sereia na história, onde Kahlen, a personagem principal e uma sereia, se envolve e se apaixona por um humano, Akinli. Com essa paixão ela esquece suas responsabilidades e só vê ele em sua frente, tal como aconteceu no conto da Pequena Sereia!
“Não importa o que acontecesse naquele dia, naquele ano, sempre existia uma história de alguém que havia superado seu momento mais sombrio.
Eu não estava só.”
Comentários:
Um romance fofo e transformador que transborda amor e não apenas o amor romântico. Após esta leitura, eu enxerguei a água de uma forma diferente. Nos mitos que conheci, sobre sereias, elas cantavam e acabavam por matar o homem para seu próprio prazer. Mas aqui é possível perceber que elas o fazem para alimentar a água, para um propósito maior. Uma história com um enredo muito bem elaborado, que te deixa pensando por horas: “nossa será que não é assim mesmo?”. Principalmente por terem, na vida real, tantos naufrágios que não sabemos o real motivo deles.
Me pareceu uma releitura de A Pequena Sereia, Kahlen, uma sereia, acaba se apaixonando por Akinli, um humano. A narrativa, em primeira pessoa, é voltada totalmente para a vida destes místicos seres marinhos. Além de destacar como a água, por mais que tenha um papel como malvada na história, ama suas sereias e as vê como filhas. No enredo, temos mais 4 sereias que vivem junto de Kahlen que ajudam a “alimentar” a água, são elas: Aisling, a mais velha delas; Miaka, que se mostra uma amante da arte e vende seus quadros pela internet; Elizabeth, a mais nova, e Padma, que acaba se tornando a mais nova após presenciarmos sua transformação.
Kiera Cass me surpreendeu em cada capítulo com o desenrolar desta leitura, onde as sereias tem um “trabalho” que poderia ter feito uma ter ódio da outra, na realidade, fez com que se amassem e se unissem! Um livro com muitos ensinamentos e personagens que possuem trajetórias maravilhosas!
Mensagem:
Eu vi duas mensagens muito valiosas dentro desta história:
> A primeira, percebi muito amor dentro deste livro, não só no romance principal, mas em cada um dos personagens que aparecem. O amor entre as sereias é muito bonito, uma faz tudo pela outra e são gratas por não estarem sozinhas nessa situação. O que é muito raro em um livro, já que a maioria dos autores querem sustentar uma história com o seu ápice no ódio entre os personagens.
> Segunda e mais aparente, quando as sereias se transformam elas esquecem suas vidas como humanas, só não esquecem quando há demasiado ódio de situações que passaram. O fato de não deixarmos os nossos monstros e preocupações de lado muitas das vezes faz com que passemos tempo demais pensando naquilo que nos fez mal, deixando de viver o presente. Quando aquela voz vem na sua cabeça relembrando os momentos ou pessoas ruins que passaram pela sua vida não fique alimentando seu ódio, o ódio impede que você siga em frente. Perdoe o outro e a si próprio para que você possa viver da melhor forma o presente. Só com perdão e amor conseguimos esquecer as coisas ruins que passamos.
Kiera Cass / Editora Seguinte / Fantasia, ficção, jovem adulto, literatura estrangeira, romance
– EXTRA –
Sereias: “Quem mais colaborou com o imaginário ocidental foram os gregos. Em 1100 a.C., eles criaram não só as sereias como as sirenas: mulheres-pássaros que causavam naufrágios ao distrair marinheiros com a voz. Diferentemente das mulheres-peixe, nunca se apaixonavam por humanos. Eram filhas do deus-rio Aqueloo, criadas para serem amigas de Perséfone, filha de Zeus e Deméter”
“Falsos relatos já rolam há muito tempo. O próprio Cristovão Colombo afirmou tê-las visto, em 1493, perto do Haiti. Segundo o navegador, elas não eram tão bonitas quanto nos retratos. Cientistas hoje acham que ele pode ter visto um peixe-boi marinho, que vai à superfície respirar, emite sons parecidos com cantos e tem uma cauda achatada que lembra um rabo de sereia”
Fonte: (15 fev 2018) https://mundoestranho.abril.com.br/curiosidades/afinal-sereias-existem/
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