Sinopse: “O ano é 2045 e a Terra não é mais a mesma. Fome, guerras e desemprego empurraram a humanidade para um estado de apatia nunca antes visto. Wade Watts é mais um dos que escapa da desanimadora realidade passando horas e horas conectado ao OASIS – uma utopia virtual global que permite aos usuários ser o que quiserem; um lugar onde se pode viver e se apaixonar em qualquer um dos mundos inspirados nos filmes, videogames e cultura pop dos anos 1980. Mas a possibilidade de existir em outra realidade não é o único atrativo do OASIS: o falecido James Halliday, bilionário e criador do jogo, escondeu em algum lugar desse imenso playground uma série de Easter-Eggs, e premiará com sua enorme fortuna – e poder – aquele que conseguir desvendá-los. E Wade acabou de encontrar o primeiro.”
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: eBook / Físico
Ernest Cline / Leya / Literatura Estrangeira, distopia, fantasia, ficção científica
Partes Favoritas:
Eu gostei muito da estrutura de leitura. Toda a inteligência que faz parte do contexto, organizado de maneira a fazer seu leitor viajar através das páginas e se inserir completamente naquele mundo. Além das referências de programação, jogos, filmes e músicas que também me fizeram gostar muito deste livro!
“Felizmente, eu tinha acesso ao OASIS, que era como ter uma válvula de escape para uma realidade melhor.”
Comentários:
Um mundo virtual onde tudo é possível e qualquer um poder ser quem e quando quiser, um lugar ilimitado com infinitos mundos: esse é o OASIS! Jogo mais conhecido e que todos querem estar jogando em 2045. Porém, James Halliday, o criador do OASIS, morre e, para que alguém possa o substituir sendo o dono do jogo e de sua fortuna, Halliday cria uma série de enigmas na busca por três chaves. Só que este mundo virtual têm infinitos lugares em que estas chaves podem estar e as pistas deixam os jogadores ainda mais confusos. Anos depois do lançamento da competição Wade Watts consegue a primeira chave e então começa uma caçada, uma corrida repleta de aventuras. Um livro muito bem estruturado, inteligente e que descreve o OASIS de maneira surreal.
O autor soube dosar a quantia de detalhes nas páginas de forma a inserir seu leitor no fantástico mundo criado sem deixar cansativo, ideais e na medida certa para que possamos entender completamente o jogo. Eu me senti completamente imersa dentro deste livro. Parecia que eu estava dentro de um videogame, junto com os personagens na batalha em busca das três chaves. Uma aventura completamente instigante, repleta de conteúdo e pormenores que prendem muito o seu leitor. Para quem gosta desse mundo mais geek de tecnologias, programações e videogames vai se sentir no céu lendo este livro!! Eu não queria largar a leitura assim como Wade não queria largar o jogo. É indescritível a sensação de ler esta história tão bem alinhada!!
A história traz referências da década de 1980, já que as pistas ficam envolta das coisas que Halliday gostava muito e, particularmente, ele gostava dos filmes, músicas, séries… dessa época. Eu ja havia gostado muito do filme, principalmente devido a estas referências e resolvi ler o livro. Mas devo alertar que o filme é totalmente diferente da leitura, principalmente devido ao filme ter sido inspirado na obra de Ernest Cline; então muita coisa foi realmente modificada – muita coisa mesmo! Tanto o livro quanto o filme são extremamente bons, cada um com sua história a sua maneira, contando com o mesmo pano de fundo.
A cada página somos inseridos cada vez mais afundo no OASIS, o compreendendo e entendendo como é o mundo virtual, como também o mundo real fora do jogo. Acabou se tornando uma válvula de escape para os seus jogadores. Por vezes achei que estava jogando com os personagens. O livro ainda traz uma narrativa em primeira pessoa por Wade Watts. Contando com um desfecho que encheu meus olhos de lágrimas e me fez ficar triste por ter acabado essa história magnífica!
Mensagem:
James Halliday queria um jogador que pensasse e gostasse das mesmas coisas que ele. Esse jogador sim deveria herdar o comando do OASIS. Isso me fez pensar o quanto muitos dos jogadores realmente gostavam daquilo, ou acabaram começando a gostar por ter essa corrida pelas chaves. O quanto podemos não gostar de algo, mas achar que gostamos por um objetivo maior. Acabei percebendo, também, como mensagem da leitura, não desistir das coisas, ir atrás e, acima de tudo, que se alguma coisa tem um significado pra você ela tem valor.
No decorrer da narrativa fui percebendo que, na verdade, Halliday não queria alguém com os mesmos gostos que ele. Queria alguém que pensasse da mesma maneira que ele. Alguém que soubesse e entendesse todos os pormenores que fazem parte do jogo. Conhecendo os gostos do criador, automaticamente se conhecia o OASIS. Quem melhor para ser sucessor de Halliday que alguém que conhece o seu mundo virtual? Então a estrutura da competição foi de tal forma justamente para peneirar aquele que melhor pensasse como seu criador! O que me fez pensar se em empresas, na vida real, as coisas não funcionem desta mesma maneira, principalmente um contratante com seu empregado.
“Jim sempre quis que todos compartilhassem de suas obsessões, que amassem as mesmas coisas que ele amava.”
E, a mensagem mais importante do livro, o fato de que às vezes podemos esquecer a realidade com tanta tecnologia. Deixando de perceber que só conseguimos sentir verdadeiramente no mundo real, não no mundo virtual.