Sinopse: “Yosef de Keltoi. Presenteado na infância, por uma de suas mães, com um tesouro de muitas páginas. Cresceu com pouco, encontrou o seu amor e ao lado dela teve que instigar uma revolução entre trabalhadores do campo. Sua vitória não foi perfeita, pois falhou contra os deuses que tanto venerava. Assim, o líder de uma vila pequena, e quase oculta entre os quatro cantos do mundo, vive o começo da sua velhice.
Não reclama de ter vivido muitos ciclos e é servo de um império, Numitor, que pintou de rubro nações que ousaram ser grandes. Sempre preocupado com o seu povo e com a sua família. Qual vem primeiro? É uma pergunta que necessita de tempo e páginas para ser respondida. Hitalo, o mais velho dos seus filhos, exige mais firmeza com os homens do campo. No auge da juventude, o divertido e criativo Yohan deseja provar para o seu pai que é um homem feito. Morgiana, companheira de luta, enxerga muito além do que os olhos podem ver e deseja alertar o seu amado Yosef a respeito de algo muito difícil de fugir.
Yosef parte para Numitor, sua viagem tem como destino a capital de todo o império, lar dos homens de togas brancas que praticam um culto conhecido pelas eras. E esses mesmos homens possuem legiões em seu poder. Era para ser somente mais uma viagem dos tributos, mas o homem comum ouve boatos que colocam em risco o seu lar, a sua cultura e as suas crenças. Uma ajuda é mais que necessária, mas aqueles que são os mais poderosos e dotados de uma sabedoria milenar começam a pedir socorro. Só Yosef, o líder, pode salvar o que tanto ama.
Ao tentar, é exposto o seu passado manchado, ele reencontra velhas amizades e conhece desejos guardados dentro do peito de um dos seus filhos. Sua vontade de ter o que tanto deseja fará Yosef se embrenhar pelas ruas do império. Será preciso conviver com ladrões, fardados de rubro, uma sociedade que ama a prata e o ouro e terá de lutar até mesmo contra a fúria da natureza.”
Idade de leitura indicada: +13
Resenha:
Yosef, o personagem principal e narrador, vende e cultiva centeio, este que também serve como moeda para continuar exercendo seu trabalho perante o império. Yosef tem dois filhos que o ajudam: Hitalo e Yohan, vivem na Vila de Keltoi, um local simples. A história conta com deuses próprios e um ambiente totalmente pacato. Gosto de lugares diferenciados com uma cultura distinta!
O enredo traz um desejo do império de impor um Deus só, e aqueles que acreditam nos Cinco do Ciclo correm o risco de serem caçados. Percebi uma reflexão para com a política e a sociedade no geral, onde o imposto deve ser seguido e o que não é seguido, o diferente, é ridicularizado ou exterminado.
Eu estava na expectativa com esse livro, devido a sua capa, sinopse e a leitura de uma entrevista com o autor, onde ele relatou vários deuses citados nesta fantasia, fiquei a espera de algo grandioso. Porém, senti falta de maiores explicações da própria fantasia criada e dos deuses, principalmente devido ao título.
Em minha opinião, teria que ter tido um equilíbrio entre informações. Apresenta detalhes demasiados principalmente dos pensamentos, incertezas e devaneios do personagem principal, torna a história arrastada. A premissa e a ideia para o enredo são simplesmente sensacionais, mas poderiam ter sido melhor exploradas.