Sinopse: “Não, mandá-la de volta seria o mesmo que tê-la deixado morrer e portanto a única solução, não sei dizer se feliz ou infelizmente, era levá-la comigo.
Enquanto eu fazia essas reflexões, a Princesa e o tigre me observavam em silêncio, silêncio que eu quebrei dizendo:
– Muito bem, você irá me acompanhar em minha jornada.
– É claro que eu vou – ela disse – quem disse que eu não ia?
Eu suspirei; por um momento eu havia esquecido o quanto ela era difícil de lidar.”
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Partes Favoritas:
Eu pirei logo no começo da história, achei de uma criatividade maravilhosa o inicio do enredo. A autora conseguiu me convencer que a história seria uma aventura e tanto.
“É fácil ser grato no momento em que recebeu uma caridade, o difícil é lembrar-se de ser grato quando não precisar mais dela.”
Comentários:
O livro se inicia em um vilarejo. Um ancião sai a procura de uma árvore a fim de cortar madeira e se aquecer. O frio é tanto que ele acaba por não conseguir voltar para casa, então uma criatura peculiar surge em sua frente com flores capazes de o aquecer. Ele colhe as flores e ao fim do inverno, passando muito calor com elas, resolve jogá-las no rio, pensando que estas iriam se resfriar. Mas não é o que acontece e um jovem rapaz do vilarejo precisa ir em busca da tal criatura, para tentar reparar o que as flores fizeram ao rio.
A aventura é focada em uma busca, cheia de seres e locais diferenciados, o detalhamento dos lugares é incrível, não minucioso e maçante, mas de forma que tudo é diferente, parece mágico e lindo. Me lembrou uma fábula, a forma da narrativa e a própria forma de escrita me remeteram a isso.
Uma história intensa, ao mesmo tempo leve e cheia de conteúdo. Algo que chamou muito a minha atenção, foi o fato de a autora não se prender aos nomes dos personagens, mostrando que um alguém pode ser muito mais que um nome. A personalidade e os seus conhecimentos já adquiridos são mais importantes.
Mensagem:
Uma reflexão que eu tive foi a de que se alguém falar pra você: “não faça isso, ou não toque nisso”. A primeira coisa que você irá pensar é que se o fizer você sairá prejudicado, mas não é sempre assim. Pode ser que, ao fazer algo que não deve, você prejudique outras pessoas, podendo ser ainda mais desagradável do que se fosse você o prejudicado.
“Nem sempre fazer algo que não deve implicará na sua punição, mas sempre vai causar algum dano e se não for você o prejudicado é duas vezes pior.”
E, que ao agirmos e tentarmos entender as coisas com o sentir e não com a razão o entendimento vem de forma mais pura. Ao tentarmos entender algo com a razão junto com o entendimento vem uma espécie de julgamento, a sua opinião fica acoplada, o fazendo variável para cada um, diante de cada interpretação.
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Stephanie Grunheidt / Chiado Editora / Fantasia, Ficção, Aventura, literatura brasileira