
Sinopse: “Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar. Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes. Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo.“

Idade de leitura indicada: +16
Resenha:
Uma gripe se espalha rapidamente entre a população mundial e mata suas vítimas em poucas horas. Mergulhando a sociedade em puro caos e luta pela sobrevivência. Os capítulos se alternam entre diferentes personagens e suas experiências em um cenário distópico. Alguns enfrentam a crise sozinhos, enquanto outros encontram refúgio em grupos – desde uma trupe de atores nômades até sobreviventes reunidos em um aeroporto ou ainda seguidores de uma seita. Sem internet, sem comunicação como a conhecemos e sem veículos movidos a gasolina, cada um precisou encontrar seu próprio caminho.
A narrativa intrigante deste livro é construída de forma diferenciada, lembrando uma novela onde acompanhamos vários personagens que, apesar de terem histórias próprias, compartilham um ponto ou pessoa em comum. Além de a trama se desenrolar sob diferentes perspectivas, ainda traz opiniões distintas.
Alternando entre passado e presente, o livro mostra como os mesmos personagens viviam antes daquele caos e como lidam com suas novas realidades. À medida que as linhas do tempo se entrelaçam, percebemos conexões surpreendentes entre as vítimas.
É uma leitura intensa, que mexe com o leitor ao fazer refletir sobre a própria realidade, especialmente após a recente pandemia. O livro ressalta a importância da rede de apoio em momentos de crise e como o emocional se torna um fator determinante para a sobrevivência.



