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As Crônicas de Nárnia

jkbSinopse: “Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? 
‘As crônicas de Nárnia’ transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literatura clássica. Por mais de sessenta anos, milhões de leitores de todo o mundo se encantam com a história mágica de C. S. Lewis sobre um mundo onde o inverno é eterno, onde há mais animais falantes do que seres humanos e onde centauros, gigantes e faunos lutam entre si. À primeira vista simples, os eventos descritos na prosa imortal de C. S. Lewis continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades.
Este volume único apresenta todas as sete crônicas – ‘O sobrinho do mago’, ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’, ‘O cavalo e seu menino’, ‘Príncipe Caspian’, ‘A viagem do Peregrino da Alvorada’, ‘A cadeira de prata’ e ‘A última batalha’. Os livros foram organizados de acordo com a ordem de preferência de Lewis e cada capítulo conta com uma ilustração da artista Pauline Baynes. 
Esta edição contém também o ensaio ‘Três maneiras de escrever para crianças’.”

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Idade de leitura indicada: +10

Resenha:

As sete crônicas, que se passam nas terras de Nárnia, trazem magia, aventura, ação e um toque de espiritualidade, seguem uma ordem cronológica. A cada momento aparecem novos seres e é como se todas as crônicas tivessem sido testes ou missões para cada um. Mesmo tendo crianças como protagonistas, não é um livro que tem ar bobo e infantil, é inteligente. Por baixo de toda a fantasia se encontram mensagens e apontamentos importantes e filosóficos!

Os ambientes são bem pontuados, sem serem exaustivos, e nos colocam diretamente dentro de suas páginas! Me senti vendo tudo o que estava acontecendo através de uma janela com uma vista incrível e elementos cheios de cores! A forma de narrativa, em terceira pessoa, se assemelha a um conto de fadas, principalmente em alguns pontos cujo o narrador parece falar com seu leitor. A crônica que eu mais gostei foi “A viagem do Peregrino da Alvorada”, traz uma aventura marítima!

Vi muitas pessoas comentando que as terras de Aslam, o grande e poderoso leão de Nárnia, tem muitas semelhanças com o cristianismo e de fato é difícil não fazer tal comparativo. Além de realmente trazer um lado mais espiritual, destacado no desfecho de toda a obra. Este desfecho é algo que jamais esperaria; em minha opinião, o achei bem relevante e se encaixou em tudo o que o autor constrói desde a primeira crônica.

“Nárnia acontece. Quando menos esperarem, pode acontecer.”

Breve resenha sobre cada uma das sete crônicas, em ordem cronológica:

  • O sobrinho do mago: Duas crianças muito corajosas, Digory e Polly, vão atrás de seus objetivos e acidentalmente se envolvem em algo grandioso. Este primeiro enredo é bem curioso por mostrar a maneira mágica com a qual o mundo de Nárnia foi criado, é bem interessante ver todos os elementos e animais surgindo.
  • O leão, a feiticeira e o guarda-roupa: Há um maior aproveitamento do ambiente criado em “O sobrinho do mago”. Somos apresentados às terras de Nárnia e como elas estão anos após os acontecimentos da crônica anterior. A aventura é realizada por quatro crianças fortes e determinadas: Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo. Cada qual com uma personalidade e uma missão. Em um enredo que traz a presença de seres mitológicos e a ameaça da Feiticeira Branca.
  • O cavalo e seu menino: A aventura se faz junto do jovem Shasta e seu cavalo Bri em outros países, povos e cidades que rodeiam Nárnia. Ocorre pouco antes do desfecho de “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”. A narrativa tem como pano de fundo o deserto e lugares onde a sobrevivência é a moeda mais valiosa. Ambientes em que a liberdade é uma grande conquista e Nárnia é um destino formidável.
  • Príncipe Caspian: A leitura é menos fluída, alguns pontos parecem repetitivos e cansativos. Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo reaparecem depois de um ano para eles, mas muitos e muitos anos depois para os Narnianos. Em um período o qual os quatro já haviam até se tornado lendas na terra de Aslam. Agora os quatro vão ajudar o jovem príncipe Caspian.
  • A viagem do Peregrino da Alvorada: A narrativa se passa um ano em nosso mundo após a última aventura, mas três anos em Nárnia. Eu adorei o enredo se passa em alto mar e os detalhes dados neste transportam facilmente! Durante a viagem marítima conhecemos diversas ilhas e cada qual guarda um segredo mais curioso e perigoso que a outra, além da presença de dragões e seres distintos. Eustáquio, primo impaciente e indelicado de Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo, participa junto com somente os dois mais novos; todos guiados por Caspian para desbravar os mares.
  • A cadeira de prata: Um enredo bem interessante, parece que tem um tom mais investigativo e se passa apenas um ano no nosso mundo após “A viagem do Peregrino da Alvorada”, mas mais alguns anos para Nárnia, o suficiente para que Caspian agora seja um senhor mais velho. Dessa vez, a aventura é divertida com Eustáquio (Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo não participam) e sua amiga Jill. Os dois partem em uma jornada para encontrar o filho do rei que está desaparecido!
  • A última batalha: Novamente se passam muitos anos em Nárnia e apenas um para os personagens da vida real após a último crônica. Eustáquio e Jill estão de volta para auxiliar neste momento. Uma narrativa mais forte, traz nostalgia das crônicas anteriores, principalmente com o impacto de seu desfecho, pois é a finalização de todas as histórias apresentadas. Uma batalha extensa e personagens se dividindo em uma decisão muito importante para o destino de cada um.

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Até o momento tem-se três filmes das crônicas “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, “Príncipe Caspian” e “A viagem do Peregrino da Alvorada”. Conforme os filmes foram sendo feitos, se diferenciaram cada vez mais dos livros. O primeiro é o mais fiel e o último o que mais se destoa, em minha opinião!

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